Quem sou eu? Às vezes não sei. Sou um menino igual a muitos outros, cor de chocolate, igual a muitos outros, e com Síndrome de Down, igual a muitos outros. A minha vida mudou quando fiz 3 anos e houve alguém que me quis receber de braços abertos. É verdade, eu sou adotado e, graças à minha mãe, que não olhou a Diferenças, hoje sou Feliz.
quinta-feira, 29 de abril de 2010
O doce despertar do meu Tesourinho
Para musica de fundo, optei por uma das canções de embalar que a Kika canta ao menino (e que ele tanto gosta), só para vocês verem como ele tem sorte de ter uma Madrinha com voz e coração de anjo...
quarta-feira, 28 de abril de 2010
A Marcelina na minha escola
Lembram-se que a Marcelina (mãe da Vera) foi à minha escola em Fevereiro?
A minha mãe gravou tudinho... E eu pedi para por aqui no meu blog...
Mas quando vierem espreitar o video, é bom que tenham algum tempo disponível, é que a minha Mãe diz que o video tem quase duas horas...
terça-feira, 27 de abril de 2010
Como estão as coisas com a Escola
Assim, depois de todas as averiguações realizadas pela escola, claro que a menina não deu murro nenhum ao Bruno (ficou apenas provado um estalo) e também, claro que não estão provadas nenhumas das agressões anteriores.
No entanto, e apesar de nada estar provado, passou a haver uma atenção diferenciada para com o Bruno.
O menino passou a ter uma auxiliar sempre atenta a ele nos intervalos. Também os professores passaram a ser destacados para estar atentos aos intervalos e, inclusive, um elemento do órgão de gestão do agrupamento vai à escola verificar como correm os intervalos.
O que me faz confusão é que a auxiliar que está encarregue de “estar de olho” no menino saiu por 5 minutos (para fazer o favor de ir buscar o chapéu do menino) e imediatamente acontece outro episódio…
Realmente a isto, a escola apenas consegue dizer é que as crianças têm brincadeiras cada vez mais agressivas e que esta é a forma delas brincarem.
E agora pergunto eu: será que não nos cabe a nós “adultos” dizer às crianças que estas brincadeiras estão erradas?
Enfim…
Depois de toda esta confusão, e face a mais uma agressão ao Bruno, que reportei, voltei a ser chamada à escola.
A ideia com que fico é que a escola já nem sabe o que há-de fazer.
A tudo o que falaram dos comportamentos do Bruno, recebem a resposta devida (e verdadeira). Como é óbvio, e porque sei quem tenho em casa, deixei claro que acho bem que o Bruno receba o castigo que a professora titular da turma considerar aceitável sempre que o menino se porte mal. Mas também espero que a escola o proteja quando o menino é agredido.
quinta-feira, 22 de abril de 2010
Reunião de avaliação do 2º período
Na 3ª Feira, dia 20 de Abril realizou-se a reunião de avaliação do 2º período do Tesourinho. Há hora combinada pela professora, lá estavam todos os pais dos meninos do 1º J.
A professora começou por falar do comportamento e aproveitamento global da turma e por dar alguns recados. Aproveitei este período ir olhando para os testes do Bruninho que estavam em cima da mesinha dele.
Apesar de no segundo período ainda não estarem definidas as adequações curriculares, a professora optou por adaptar os testes às aptidões do menino.
Eu já sabia que o teste de Estudo do Meio não tinha sofrido qualquer adaptação e que não teria corrido muito bem ao meu menino. Sabia também que os testes de matemática e português (estes adaptados) tinham corrido muito bem.
As notas dos testes do Tesourinho foram:
- Expressão Plástica – Satisfaz
- Português – Satisfaz plenamente
- Matemática – Satisfaz plenamente
- Estudo do Meio – Satisfaz bem
Fiquei muitíssimo contente com as notas que ele conseguiu nos testes.
Depois de falar das dificuldades que sente com esta turma e dos comentários globais que teceu, a professora Vânia falou individualmente com cada encarregado de educação sobre as dificuldades (ou não) que sente com os seus educandos. Eu fiquei para o fim. Não há grandes reparos a fazer ao Bruno. Quiseram apenas referir que notam o Bruno muito apático desde que regressou à escola. Claro que não atribuíram aos eventos do final do 2º Período, mas à possibilidade de a mãe ter feito o menino trabalhar de mais nas férias…
Fica apenas a questão: se notaram esta apatia no Bruno, desde o regresso às aulas (e pensaram que seria eventualmente “culpa” minha, porque não tentaram falar comigo logo nessa altura?
Globalmente, a avaliação do Bruno foi:
- Áreas curriculares não disciplinares:
o Área de projecto – Satisfaz
o Estudo Acompanhado – Satisfaz
o Formação Cívica – Satisfaz - Áreas curriculares disciplinares
o Língua Portuguesa – Satisfaz
o Matemática – Satisfaz
o Estudo do Meio – Satisfaz
o Expressões (Artísticas e Fisico-Motoras) – Satisfaz
A avaliação do Bruno, finalmente, tem em atenção as adequações curriculares, uma vez que ele está ao abrigo do artigo 18º do Decreto-Lei 3/2008 de 7 de Janeiro.
terça-feira, 20 de abril de 2010
Apresentação de Castro Verde
Como eu gostei muito dos slides que a mãe passou na apresentação dela em Castro Verde, pedi á Kika para ela pôr aqui no blog.
Beijinhos
O Tesourinho
domingo, 18 de abril de 2010
Castro Verde: “Encontro de Pais e Crianças Portadoras de Trissomia 21”
O Fórum Municipal de Castro Verde recebeu, neste sábado, o “Encontro de Pais e Crianças Portadoras de Trissomia 21”, organizado pela APADJI.
O encontro previa, da parte da tarde um "Painel de Comunicações". Painel este composto por:
- Francisca Prieto, mãe e voluntária da APPT21, soube que a sua filha tinha T21 durante a gravidez.
- Marcelina Souschek, mãe de 5 filhos (a terceira fiha com T21) e voluntária da APPT21.
- Maria João Pereira, apaixonou-se pelo seu filho Bruno (T21) na primeira vez que soube da sua história.
- Miriam Duarte, Professora do Ensino Especial, colaboradora do Centro de Desenvolvimento Diferenças e irmã mais velha de Tiago com T21.
- Ana Maria Santos Martins - Mãe e filho: ambos portadores de Trissomia 21
Os trabalhos tiveram algum atraso, e por isso foi pedido aos oradores que encortassem as apresentações, de forma a não haver atrasos no final do dia, que previa assistir à peça de teatro "Perguntas de Um Mendigo que Lê", pelo Grupo de Teatro da Crinabel – Lisboa.
A Kika filmou a minha apresentação, que optei por intitular de: "A aventura da minha vida: um mundo com Trissomia 21".
terça-feira, 13 de abril de 2010
Factos e mitos: saiba mais sobre a Síndrome de Down
Mesmo a presença de mais pessoas com Down em escolas, ambientes de trabalho e social, ideias antiquadas e desactualizadas sobre a condição ainda circulam entre o resto da população.
Eis aqui alguns dos mitos que ainda cercam as pessoas que nasceram com a Trissomia 21.
Não é verdade. Muitas crianças com a síndrome são incentivadas a sorrir e a abraçar as pessoas de uma forma exagerada. Muitos indivíduos são mais simpáticos que outros mas muitos pais encorajam os filhos a se encaixar no estereótipo.
Não é verdade. Apesar de as probabilidades de gerar um bebé com Down serem maiores à medida que a mulher envelhece, principalmente a partir dos 35 anos, cerca de 80% dos que nascem com a Trissomia 21 são filhos de mulheres mais jovens. Isto seria explicado por uma combinação de factores como o maior índice de natalidade das mulheres mais jovens.
Não é verdade. As pessoas que nascem com a Trissomia 21 não são doentes, nem vítimas e nem "sofrem" desta condição. O certo é dizer que a pessoa "nasceu" ou "tem" síndrome de Down.
Não. Cardiopatias congénitas não diagnosticadas no passado, e que afectam um em cada três bebés que nascem com Down, além de uma tendência à baixa imunidade e problemas respiratórios eram a principal causa da morte prematura das pessoas que nasciam com Trissomia 21. Hoje, graças à medicina moderna aliada a atenção dos pais, os portadores da síndrome têm uma expectativa média de vida de, pelo menos, 60 ou 70 anos.
Não. Apesar de muitas pessoas com síndrome de Down viverem sozinhas e levarem uma vida semi-independente, ainda há médicos que anunciam, assim, aos pais, a chegada de uma criança com Down.
Eles são perfeitamente capazes de formar todos os tipos de relacionamentos em suas vidas, seja de amizade, amor ou de antipatizar com alguém.
Não, esta anomalia genética atinge igualmente a brancos, negros e asiáticos.
Podem, sim. Há muitos registos de mulheres com Down que tiveram filhos e, nesse caso, as probabilidades de terem filhos com Trissomia 21 são de 35% a 50% maiores. Há dois casos registados de homens com Down que se tornaram pais. Mas as informações sobre a fertilidade deste grupo são muito desactualizadas, pois são baseadas em pesquisas em instituições onde homens e mulheres com Down eram mantidos separados uns dos outros.
Não. Apesar de muitos apresentarem sinais de demência a partir dos 40 anos, isso não é inevitável. Os estudos indicam que o índice de demência entre os que nascem com Down é o mesmo do que no resto da população mas acontece 20 ou 30 anos mais cedo.
segunda-feira, 12 de abril de 2010
Praia
sexta-feira, 9 de abril de 2010
As férias estão quase a terminar...
Com as férias quase a terminar eu e o Martim conseguimos convencer as nossas mães e lá fomos os dois brincar no parque ao pé da praça de touros de Vila Franca de Xira. Ainda no x-park, e enquanto esperávamos pela Rita, eu fui lendo o jornal, é que quero estar actualizado e até comentei uma noticia com a minha Kika.
terça-feira, 6 de abril de 2010
Páscoa
O meu fim-de-semana foi muito divertido…
Na sexta-feira fui para casa da Avó Odete. Passei o dia com os avós e dormi em casa deles (com a minha Mãe… Claro!!!)
No sábado, a Tia Ana veio almoçar a casa da Avó Odete e do Avô Pereira. Depois do almoço fomos às compras e depois fomos para casa da Tia Ana…
A Mãe e a Tia estiveram a fazer os doces para o almoço de Páscoa, e eu e o Primo Tiago ficámos na sala a brincar. Até que nos conseguimos portar benzinho…
Depois a Tia Ana e a Mãe trouxeram uns ovos para nós pintar-mos. Eu nunca tinha pintado um ovo e achei muito divertido.
No Domingo, claro que a Mãe tinha de acordar cedo… saltei para cima dela às 7 horas e estivemos os dois a brincar.
Depois o primo Tiago acordou e ele e a Tia Ana foram ter connosco. A Mãe esteve a ler-nos a história do Ratatui e nós divertimo-nos muito. Pouco depois (ainda nem tínhamos tomado o pequeno almoço) chegaram os avós.
Ao pé da casa do Tiago há um parque com escorrega que eu gostei muito (a Mãe nunca me tinha levado àquele parque…). Eu e o Tiago ficámos lá até às nossas mães deixarem e cada vez que nos chamavam, nós respondíamos: “Só mais uma vez…”