terça-feira, 27 de abril de 2010

Como estão as coisas com a Escola

Não esquecendo que toda a gente espera novidades do meu Tesourinho, resolvi fazer um ponto de situação do que se passa com a questão das agressões ao Bruninho.
Assim, depois de todas as averiguações realizadas pela escola, claro que a menina não deu murro nenhum ao Bruno (ficou apenas provado um estalo) e também, claro que não estão provadas nenhumas das agressões anteriores.
No entanto, e apesar de nada estar provado, passou a haver uma atenção diferenciada para com o Bruno.
O menino passou a ter uma auxiliar sempre atenta a ele nos intervalos. Também os professores passaram a ser destacados para estar atentos aos intervalos e, inclusive, um elemento do órgão de gestão do agrupamento vai à escola verificar como correm os intervalos.
Em resumo há muito mais atenção por parte dos adultos a todas as crianças.
O que me faz confusão é que a auxiliar que está encarregue de “estar de olho” no menino saiu por 5 minutos (para fazer o favor de ir buscar o chapéu do menino) e imediatamente acontece outro episódio…
Realmente a isto, a escola apenas consegue dizer é que as crianças têm brincadeiras cada vez mais agressivas e que esta é a forma delas brincarem.
E agora pergunto eu: será que não nos cabe a nós “adultos” dizer às crianças que estas brincadeiras estão erradas?
Enfim…
Depois de toda esta confusão, e face a mais uma agressão ao Bruno, que reportei, voltei a ser chamada à escola.
A ideia com que fico é que a escola já nem sabe o que há-de fazer.
A tudo o que falaram dos comportamentos do Bruno, recebem a resposta devida (e verdadeira). Como é óbvio, e porque sei quem tenho em casa, deixei claro que acho bem que o Bruno receba o castigo que a professora titular da turma considerar aceitável sempre que o menino se porte mal. Mas também espero que a escola o proteja quando o menino é agredido.


Gostaria ainda de deixar claro que não considero que o Bruno é agredido porque tem Trissomia 21 ou porque é cor de chocolate.

O Bruno tem sofrido algumas agressões porque é mais pequenino e ainda não aprendeu a defender-se convenientemente. Mas lá chegaremos…

4 comentários:

Grilinha disse...

Infelizmente custa-me a entender essa maneira de "brincar" e tenho imenso medo dela...

Imagina um menino numa cadeira ! Tenho receio do que irei encontrar. Mas enfim, vamos ter esperança que as brincadeiras não sejam todas iguais e que o tesourinho aprenda depressa. Beijocas

Maria Osório disse...

Olá amigos!

É como diz a Grilinha, são brincadeiras que custam a entender... Todas as crianças têm brincadeiras "tolas" umas com as outras, por ex o Henrique e os amiguinhos andam sempre a brincar aos guerreiros dos famosos bonecos "Gormiti". Chega a casa cheio de nódoas negras e por vezes com arranhões, chamo-o à atenção que essas brincadeiras são perigosas e que se podem magoar muito mais. O próprio Tiago já teve uma altura em que tb andava a "cascar" noutros meninos pq era o que via. São episódios pontuais e todos os intervenientes(pais e escola) devem estar em sintonia e ensinar as crianças que não se deve bater nas outras, nem que seja por brincadeira. No caso do Bruno vê-se perfeitamente que não se trata de uma simples brincadeira...e é como dizes não é por ele ser diferente, mas sim pq é o mais novo e mais pequenino. Aí os adultos na escola têm de ter um papel mais activo, pois os mais velhos deviam proteger os mais novos. Não quero dizer que os mais velhos devem ser agressivos com outras crianças mais velhas, o que se pretende é que ninguém seja agressivo com ninguém.

Esperemos que desta vez as coisas corram melhor já que há tanta gente "de olho".

Beijinhos para os 3 de nós os 4

Paulinha disse...

Essas tais de brincadeiras... tem muito que se lhe diga...

Isto dos pais/mães prepararem os filhos para a vida sempre me fez uma confusão enorme, mas se calhar é porque eu sou do contra e acho que a vida de cada um começa quando ela nasce e por isso há que adaptar esse futuro à criança, dando-lhe as ferramentas necessárias esperando que só eventualmente possam ser necessárias, para isso moldam-se os núcleos familiares, residenciais, escolares e finalmente a intervenção na restante sociedade...
Eu ponho o Dé ao meu lado nesta luta e ele sabe que estarei sempre do lado dele... evitar estar à frente dele para o defender e atrás para o amparar, isto é um bocado duro de se ler, mas para nós faz sentido! Ele sabe que a Mãe estará lá sempre, mas prefiro que ele pense... e se ela não estiver?! Isto porque o tenho educado a ser bastante autónomo, acho que em boa medida, nem demais nem de menos.

No entanto defendo que as crianças têm ritmos e feitios diferentes e há que deixá-las ser crianças no seu tempo... mas voltando ao tema, sem brincadeiras desse género!

Samantha BAires disse...

El mundo de los niños nunca fue "color de rosa". Siempre existieron las agresiones, las peleas, el tomar al más pequeño o débil como objeto de burlas y golpes. También siempre existieron compañeritos que hicieron lo contrario. Apoyar y defender al desvalido, al más pequeño, al más débil.
No sé en vuestro país, pero en el mío, las agresiones entre los pequeños y los adolescentes se tornan cada vez más fuertes, más salvajes, increíblemente crueles. Y muchas veces los agresores tienden a organizarse en patotas para atacar a un compañero.
No es sólo cuestión de la escuela y los maestros, sino y fundamentalmente, de los padres, en formar niños y adolescentes respetuosos y cariñosos, dispuestos a salir en defensa de los que son agredidos.
Una pequeña reflexión que me trae este incidente, que espero pronto Bruno pueda defenderse muy bien.